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terça-feira, 24 de março de 2009

Não voltarás a ter sede


Uma das mais belas passagens do Evangelho para mim,a samaritana e Cristo no poço, no Evangelho segundo São João, tantas denotações cabem nesta passagem, quantas vezes temos maridos que não são nossos, quantas vezes bebemos, bebemos e esta água parece não saciar, e quantas vezes voltamos a fontes sempre semelhantes à última, sem percebermos que o problema não é a fonte, mas o que nela contém. Uma das principais mudanças que a experiência com Jesus Cristo me trouxe foi essa, não beber suco quando eu precisar de água, não tomar refrigerante para matar a sede, não me culpar quando na verdade preciso me arrepender, não chorar quando na verdade preciso agora enxugar lágrimas de alguém. Quantas vezes não nos damos conta de que também causamos sede e de que nem sempre estamos dispostos a dar de beber. Quando caímos na balada, sem donos, "eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem", temos maridos que não são nossos, tomamos todas e no outro dia nos encontramos ainda com sede. Mas, como dizer para nós mesmos ou para os outros que a cerveja, o wisk ou a vodka não matam essa sede? Se eu não estiver hoje ancorada no Evangelho, creio que as conversas não durarão muito, se eu não estiver diante do Senhor durante todo o tempo, sinto que não vou dar conta. Como São Paulo sempre seexpressa em várias cartas, "eu, prisioneiro do Senhor..." ou "eu, embaixador das minhas algemas..." agora eu também me sinto, prisioneira no Senhor, mas, embaixadora das minhas algemas. Por vezes penso que São Paulo, além de todas as suas virtudes, também era um grande poeta. Busquei por muitas vezes matar a minha sede na poesia, não somente lendo, mas escrevendo. E a minha poesia sulcava meu coração de modo que eu não poderia preenchê-lo. Mas,quando eu aceitei a Água Viva, tudo ganhou uma nova cor. Agora, resta continuar, oferecendo desta água que não permite mais que se tenha sede, a toda criatura. Jesus, eu confio em Vós.